Configurando o ambiente Oracle Enterprise Linux 7 para instalação do Oracle Database 11g – Parte 03 (topic off)
01 – Instalando Imagem de CD dos Adicionais para Convidado
Após ter instalado a máquina virtual com o Oracle Enterprise Linux 7, é necessário fazer a atualização de algumas bibliotecas e ajustar o seu ambiente para que melhor possa traballhar.
Como a instalação está em uma máquina virtual, é muito aconselhável que façamos a instalação dos drives adicionais para Convidado. É uma forma de ter mais compatibilidade de dispositivos compartilhados entre a máquina virtualizada e o host (no meu caso, o host é um Windows 10). O mouse, teclado, câmera e outros dispositivos de sua máquina melhor compatibilizam entre esses dois ambientes.
Para isso, entre e logue em sua máquina virtual criada. No menu da máquina virtual, vá em Dispositivo / Inserir Imagem de CD dos Adicionais para Convidado…
Aparecerá uma tela de confirmação, para poder executar o conteúdo do “CD”. Clique em [Run].
Digite a senha para o usuário administrador, que foi configurada na instalação como “oracle” (sem aspas)
O virtualbox irá acabar de instalar o Additions Guest.
Reinicie o Linux e perceba que já não é mais necessário ficar pressionando <Alt GR> + <Ctrl> (direito) para alterar entre a máquina virtual e o host.
Após ter reiniciado a máquina virtual, faça um snapshot dessa máquina, para que seja possível restaurar até o ponto criado. Na configuração da máquina virtual, no canto superior direito, vá em Snapshot, clique no ícone da máquina fotográfica e de um nome e uma descrição para o Snap shot. Clique em [OK]. Desse modo, voce criou um ponto de restauração em sua máquina virtual.
02 – Configurando arquivos e variáveis de sistema para para o Oracle Database 11g
Configurando a placa de rede do servidor Oracle Linux Enterprise
Na instalação da estrutura da máquina virtual, deixamos a configuração da placa de rede como tipo “Placa em modo Bridge”, ou seja, a sua máquina virtual irá fazer parte da sua rede como se fosse um host qualquer.
Na maioria das redes domésticas, o router de internet está configurado para distribua IP’s dinamicamente, ou seja, quando um dispositivo conecta a sua rede, atribui-se um IP diferente.
Para qualquer tipo de servidor, é necessário que o número IP esteja fixo ou estático. Vamos fazer essa configuração no servidor Linux, para que ele “nunca” mude de IP.
Abra um terminal ( no menu Applications / favorites / terminal) e ping em um número IP da sua rede que não esteja sendo usado (preferencialmente um IP que voce memorize facilmente), para que não haja conflitos de IP. Após ter confirmado que o IP não esteja sendo utilizado, digite “exit” (sem aspas) para fechar o terminal.
No ambiente de trabalho, clique em cima da bateria / wired /wired settigns
Irá ser mostrado as configurações atuais da placa de rede. No caso abaixo apresentado, está configurado para ser DHCP. Clique em cima do ícone da engrenagem para que o sistema apresente as configurações a serem modificadas.
Na aba IPv4, altere as configurações da sua placa de rede para “Manual”. Digite as novas configurações da sua placa de rede, clique [Apply] e feche a janela da placa de rede. Clique em Off e On para reiniciar as configurações da placa de rede.
Preferencialmente, no seu host fisico, tente dar um ping no IP dado à máquina virtual. Dessa forma, se o ping retornar, é sinal que a sua máquina virtual está sendo enchergada na rede.
Configurando o arquivo hostname
No Terminal do Linux, transforme-se em super usuário, com o comando “su -” (sem aspas) e digite a senha de administrador dado na instalação (oracle). Verifique o nome do host na máquina virtual com o comando hostname.
Complemente o arquivo /etc/hosts com o seu editor favorito. No caso, estamos utilizando o “vi”, pois é o editor padrão que é possível usar em qualquer sistema linux.
Dentro do arquivo, adicione a linha do meio com o numero IP mais o nome do host. (no caso abaixo, adicionamos a linha 192.168.25.10 oracle.localhost localhost). Salvamos o arquivo com <ESC>, para sair do modo de edição e depois com o comando :wq (dois pontos, write, quit)
Dê um ping no nome oracle.localhost e veja se o ping retorna. De um <Ctrl> + C para cancelar o ping
Instalando pacotes de requisitos de software para o Oracle Database 11g
Mesmo o Oracle Linux sendo um Sistema Operacional da própria Oracle, é necessário primeiramente instalar softwares de dependencia antes de iniciar a instalação.
É importante a sua máquina virtual estar conectada à internet, para que se possa utilizar o comando yum. Execute o comando “yum install binutils-2.* gcc.*”
Criando grupos de arquivos para oracle
Crie os grupos oinstall e dba, através dos comandos groupadd. Verifique se os grupos realmente foram criados através do comandos grep
Verifique se o usuário oracle existe através do comando “id oracle”.
É necessário adicionar o usuário oracle aos grupos criados oinstall e dba, através dos comandos abaixo:
Configurando parametros do Kernel
Edite do arquivo /etc/sysctl.conf com o editor de sua preferencia:
Complemente o arquivo conforme o texto abaixo, ficando como a figura a seguir. Salve a arquivo.
fs.aio-max-nr = 1048576
fs.file-max = 6815744
kernel.shmall = 2097152
#kernel.shmmax = 536870912
kernel.shmmax = 1578493952
kernel.shmmni = 4096
kernel.sem = 250 32000 100 128
net.ipv4.ip_local_port_range = 9000 65500
net.core.rmem_default = 262144
net.core.rmem_max = 4194304
net.core.wmem_default = 262144
net.core.wmem_max = 1048576
Edite do arquivo /etc/security/limits.conf com o editor de sua preferencia:
Adicione as linhas abaixo no final do arquivo:
#numero de arquivos abertos
oracle soft nofile 4096
oracle hard nofile 65536
#numero maximo de processos
oracle soft nproc 2047
oracle hard nproc 16384
oracle soft stack 10240
oracle hard stack 32768
#espaco de memoria bloqueada
oracle soft memlock 2765
oracle hard memlock 2765
Edite do arquivo /etc/pam.d/login com o editor de sua preferencia:
Adicione no final do arquivo:
session required pam_limits.so
Edite do arquivo /etc/profile com o editor de sua preferencia:
Adicione o seguinte código no final do arquivo:
if [ $USER = “oracle” ]; then
if [ $SHELL = “/bin/ksh” ]; then
ulimit -p 16384
ulimit -n 65536
else
ulimit -u 16384 -n 65536
fi
fi
Edite o arquivo .bash_profile do usuário oracle.
Primeiramente de o comando “su – oracle” (sem aspas) e depois edit o arquivo .bash_profile
Complemente o arquivo com o seguinte código:
ORACLE_BASE=/u01/app; export ORACLE_BASE
ORACLE_HOME=$ORACLE_BASE/product/11.2.4/db_1; export ORACLE_HOME
ORACLE_SID=orcl; export ORACLE_SID
ORACLE_TERM=xterm; export ORACLE_TERM
PATH=/usr/sbin:$PATH; export PATH
PATH=$ORACLE_HOME/bin:$PATH; export PATH LD_LIBRARY_PATH=$ORACLE_HOME/lib:/lib:/usr/lib; export LD_LIBRARY_PATH
#DISPLAY=localhost:0.0; export DISPLAY
Execute o comando: source .bash_profile, para verificar se há algo de errado configurado no arquivo .bash_profile. (caso tenha, conserte o arquivo)
Execute os seguintes comandos para conferir as variáveis de ambientes configuradas:
Para fazer o reload dos parametros do Kernel, digite o seguinte comando como super usuário:
/sbin/sysctl -p
Após essas configurações feitas, faça um snapshot da máquina virtual para posteriormente fazer a instalação do oracle database.
04 – Configurando acesso remoto para o Oracle Enterprise Linux 7.
É possível fazer acesso remoto entre o sistema operacional do host (no meu caso, Windows 10) e o Linux que está virtualizado.
Para isso, utilizaremos o putty para fazer acesso remoto. Procure pelo google por “putty” (sem aspas) e baixe um arquivo putty.exe (para a versão 32 ou 64 bits), e Xming-6-9-0-31-setup.exe. (esse ultimo arquivo servirá para executar ambientes gráficos chamados pelo putty)
Execute o putty no Windows, e coloque o número IP do servidor linux. Dê um nome para a conexao, e clique em [Open]
Complemente e configure dentro de Connection / SSH. Salve e depois abra o terminal
A primeira vez executada, irá aparecer a seguinte mensagem. Clique em [Yes]
Digite o nome do usuário oracle, com a senha escolhida na instalação (oracle)
Execute o arquivo baixado do xming server no SO do seu host (no meu caso foi o Windows 10). Clique em [Next]
Escolha a pasta que será instalada e clique em [Next]
Deixe na opção Normal e clique em [Next]
Deixe o nome como é o padão e clique em [Next]
Deixe as opções marcadas por padrão em clique em [Next]
Irá ser mostrado as configurações feitas e clique em [Next]
A instalação foi concluída com sucesso. Clique em [Finish]
No Windows, clique em [Allow access]
Verifique na barra de tarefas se o Xwing Server está instalado.
Para utilizar o Xming, é necessário ainda configurar o SSH server para que aceite o ambiente X-Window.
Conforme o artigo https://www.redhat.com/archives/rhl-list/2005-March/msg04651.html, precisaremos editar o arquivo /etc/ssh/ssh_config. Altere e inclua no arquivo as seguintes linhas:
ForwardX11 yes
ForwardX11Trusted yes
Assim, será possível executar aplicativos em o ambiente gráfico pelo host Windows.
Este artigo continua em:
Expanding virtual machine resources to use ASM – Part 04